terça-feira, 26 de maio de 2009

Carvalho Calero 2010


Dentro das actividades agendadas para o Dia das Letras, realizamos um mural no que reivindicamos o reconhecimento nacional por parte das instituiçons linguísticas da Galiza ao pai do reintegracionismo moderno, Ricardo Carvalho Calero, dedicando-lhe o Dia das Letras Galegas o próximo ano 2010, ano do centenário do seu nascimento.

Desde o Buril, queremos somar-nos assim à campanha nacional "Por um Dia das Letras para Carvalho Calero" e às distintas iniciativas sociais que estam a trabalhar na dignificaçom da nossa língua por todo o País.

No 2010, Letras Galegas a Carvalho Calero!

terça-feira, 12 de maio de 2009


O próximo 17 de maio, Dia das Letras Galegas, o Colectivo Cultural Buril quer somar-se mais uma ano, à defesa e dignificaçom da nossa língua. Por isso, aderimos à manifestaçom convocada pola plataforma Galego Sempre Mais, que terá lugar o próximo domingo em Compostela, com saída às 12:00 horas do kiosko da mús¡ca da Alameda.

Queremos encorajar às burelás e burelaos e que acudam a esta manifestaçom convocada polos colectivos e centros sociais de base de todo o país.

A seguir, reproduzimos o manifesto:

O dia 17 de maio é um dia para denunciar nas ruas a única imposiçom lingüística verificável que este país sofre diariamente. E este ano estamos a viver um contexto novo, um contexto cheio de dúvidas e de poucas esperanças para a sobrevivência da língua na Galiza, daí que todos o colectivos que assinamos este manifesto queiramos expressar conjuntamente o nosso ponto de vista e contribuir para o avanço da normalidade lingüística no nosso País.

O nosso manifesto leva como lema “Galego, sempre mais”, e dizemos isto porque achamos que se por um lado o galego é umha língua cheia de possibilidades e oportunidades, por outro lado, tudo o que se fizer na Galiza em favor dos usos da língua galega nunca será suficiente. Saímos à rua com umha mensagem clara: “Contra a imposiçom do castelhano”.

Os colectivos que assinamos este manifesto temos toda a vontade de somar esforços pola dignificaçom do galego na Galiza. Se este 17 de maio nom há convocatória unitária é porque a mesa pola normalizaçom lingüística optou por prescindir do resto de organizações (fomos convidados a apoiar umha mobilizaçom já convocada previamente). A Mesa nom é a única organizaçom a defender a língua e, portanto, nom pode agir como se o fosse. É por isto que nom apoiamos nominalmente a manifestaçom da Mesa. No entanto, por responsabilidade com o momento histórico que padecemos, somaremo-nos a este 17 de Maio. Faremo-lo mantendo umha distáncia com quem achamos que atende mais as necessidades de umha sigla política que as do movimento normalizador.

Por todo isto este 17 de maio queremos fazer saber que:

  1. É umha falácia que exista umha imposiçom do galego. A imposiçom do castelhano nom tem discussom desde o momento em que é a única língua que todos os cidadãos e cidadãs do estado espanhol têm a obriga de conhecer segundo a constituiçom espanhola.
  2. Reclamamos, para enfrentar esta situaçom, a aboliçom do sistema legal que subordina o galego ao castelhano, a aboliçom do supremacismo castelhano que procura a limpeza do galego e exigimos a implementaçom de autênticas políticas de normalizaçom lingüística ao serviço da nossa sociedade.
  3. Consideramos hipócrita a negaçom do conflito lingüístico existente na sociedade galega, causado por umha legislaçom de inspiraçom perversa, que condiciona e impede o desenvolvimento de umha verdadeira normalizaçom lingüística. Exigimos, aliás, que instituições teoricamente concebidas para o estudo e potenciamento da língua (RAG e ILG) se pronunciem sobre tal conflito, saindo de um silêncio que colabora na subordinaçom do galego e na manutençom do supremacismo castelhano.
  4. Afirmamos que a normalizaçom lingüística é um direito colectivo inalienável, constituindo a necessária coesom social de cada povo em torno à língua própria. O monolingüismo social é o complemento natural ao polilingüismo individual e à diversidade lingüística crescente das sociedades actuais. Negamos a reduçom do galego a um fenómeno meramente individual pois, como qualquer língua viva, é umha realidade social cujo sentido e utilidade reside no seu uso na Galiza como língua comum a todos e todas e para o relacionamento internacional.
  5. Toda a instituiçom social, como os meios de comunicaçom, ensino, administraçom e quaisquer serviços públicos, deve contribuir, portanto, à eliminaçom dos preconceitos e discriminações contra a nossa identidade lingüística e cultural e promover a normalizaçom lingüística. Denunciamos especialmente a pretensom de continuar discriminando o galego no ensino infantil e pré-escolar, encorajando o auto-ódio e a galegofobia.
  6. Consideramos que, frente ao recrudescimento do discurso refractário ao galego na vida pública, a política lingüística nos últimos quatro anos se tem caracterizado polo continuísmo com a era fraguista. E que com a chegada do novo governo à Junta da Galiza se aproximam tempos de retrocesso e de concessom aos sectores mais espanholistas.
  7. A nossa aposta é reintegracionista, pois consideramos que o único futuro do galego passa por integrar-se no mundo da Lusofonia que permitirá a sua sobrevivência, ajudará ao seu prestígio e, sobretudo, fará com que os utentes tenham um universo de possibilidades de relações humanas, comerciais e culturais ao seu dispor.
  8. Fazemos parte do movimento social de base que trabalha diariamente ao longo de muitos anos para a dignificaçom da língua e da cultura galegas e que nom somos um movimento que fique à espera de que governos ou instituições venham a lançar leis que salvem ou embarguem o futuro da língua.
  9. O sistema cultural galego, com todos os seus produtos, é um sistema cultural dependente do sistema cultural espanhol e tem como conseqüência que todos os produtos que chegam a nós tenham que ter passado anteriormente um filtro. A nossa cultura nunca conseguirá falar em pé de igualdade com culturas doutros lugares estando baixo este jugo, pois nom poderá ter presença própria, senom através da espanhola.
  10. Denunciamos a discriminaçom e silenciamento da tradiçom cultural galeguista do reintegracionismo, e reclamamos o justo reconhecimento social de umha das principais figuras culturais do século xx galego, cujo legado continua vivo: Ricardo Carvalho Calero, para quem reclamamos o Dia das Letras no ano 2010, ano em que se cumprem 100 anos do seu nascimento e 20 anos do seu finamento.

Contra a imposiçom do castelhano

Galego sempre mais

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Temos umha língua mundial! 09


Baixo a legenda Temos umha língua mundial! o Buril apresenta as actividades que seguem para comemorar o Dia das Letras deste ano 2009:

  • Sábado, 9 de maio: Haverá umha Festa pola língua, no pub burelao Penta, a partir das 22:00 horas com petiscos de graça e um concerto da banda de rock burelá Torques, por volta das 00:00 h. A seguir ao concerto haverá sessom com músicas e vídeo clips em galego, em muitas das variantes que a nossa língua tem no mundo.
  • Sábado, 16 de maio: Realizaçom de um mural para reivindicar um reconhecimento nacional a Carvalho Calero, dedicando-lhe o Dia das Letras Galegas o próximo ano 2010, ano do centenário do seu nascimento e do vigésimo aniversário da sua morte.
  • Domingo, 17 de maio: o Buril convida a tod@s @s burelaos e burelás a participar na manifestaçom nacional convocada pola plataforma Galego Sempre Mais, em defesa da nossa língua e contra a imposiçom do castelhano.